No último domingo (13), a Semana de Artes Moderna fez 100 anos desde seu acontecimento. O evento foi realizado entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo. Esse permaneceu aberto para a visitação com exposições de artistas, como Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Mário de Andrade e Tarsila do Amaral.
A Semana de Arte Moderna é um marco na história da arte. Isso devido a, principalmente, sua crítica a Academia e ao modelo Parnasiano – movimento artístico francês que se preocupa com a criação de “poesias perfeitas”.
Em 1917, quando ocorreu o fim da Primeira Guerra Mundial, o Brasil estava passando por um momento de mudança, principalmente na arte. A partir disso, Anita Malfatti apresentou a Exposição de Pintura Moderna, que foi bastante desaprovada pela crítica conservadora, sobretudo por Monteiro Lobato. Isso por causa do estilo das criações da artista, que era incomum entre as criações brasileiras, por ser contrária a arte tradicional. Esse rompimento com o academicismo foi o estopim para a idealização da Semana de Arte Moderna com a participação de artistas das mais diversas áreas e com o intuito de criar um movimento independente e nacional.
Deseja comemorar a semana? Aqui estão duas recomendações para você aproveitar o Rio de Janeiro:
Até o dia 20 de março, ocorrerá a exposição “A Afirmação Modernista” no Paço Imperial. A Paisagem e o Popular Carioca na Coleção Banerj, com mais de 120 pinturas, desenhos, gravuras e escrituras.
Além disso, ocorrerá a Festa Literária das Periferias (Flup) até o dia 18 de fevereiro no Museu de Arte do Rio (MAR), Museu da História e Cultura Afro Brasileira (MUHCAB). O evento celebrará o modernismo negro, homenageando Lima Barreto, Pixinguinha e Joshephine Baker. A programação (que está no site www.flup.net.br) abrange shows, mesas de debate, performances e espetáculos de dança.
Algumas artes expostas na Semana de Arte Moderna:
Matéria escrita por Juliana Gomes