Turismo e Comércio, uma dobradinha de sucesso

Publicado por Marco Navega em 3 de abril de 2015
A interdependência entre o Turismo e o Comércio é fundamental para as cidades que desejam multiplicar as oportunidades de geração de empregos e renda Turismo Embora não haja uma definição única do que seja Turismo, as Recomendações da Organização Mundial de Turismo/Nações Unidas sobre Estatísticas de Turismo, definem-no como "as atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e permanência em lugares distintos dos que vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins de lazer, negócios e outros." Esta definição tem o inconveniente de privilegiar o lado da procura e não relevar a oferta, incluindo no turismo as atividades desenvolvidas pelos visitantes e colocando de lado todas as atividades produtoras de bens e serviços criadas para servir direta e indiretamente os visitantes. A definição de Mathieson e Wall torna-se mais completa, pois consideram que "o turismo é o movimento temporário de pessoas para destinos fora dos seus locais habituais de trabalho e residência, as atividades desenvolvidas durante a permanência nesses destinos e as facilidades criadas para satisfazer as suas necessidades". Evidenciando, assim, a complexidade da atividade turística e as relações que esta envolve. Em 2001, o Sr. David Martin Rendón Cohaíla, graduado em turismo pela Universidade Privada de Tacna no Peru, define a ciência do turismo através da turismologia como: "A Ciência Social de fatos, obtida por um processo consecutivo,o qual abrange várias medidas de movimento, motivação e uso do espaço turístico, que é a base que suporta a estrutura e super estrutura do homo turísticus. Turista é um visitante que se desloca voluntariamente por período de tempo igual ou superior a vinte e quatro horas para local diferente da sua residência e do seu trabalho (sem, este ter por motivação, a obtenção de lucro) pernoitando nesse mesmo lugar. Já um excursionista é um visitante que, embora visite esse mesmo lugar, não pernoita. Comércio O comércio baseia-se na troca voluntária de produtos. As trocas podem ter lugar entre dois parceiros (comércio bilateral) ou entre mais do que dois parceiros (comércio multilateral). Na sua forma original, o comércio fazia-se por troca direta de produtos de valor reconhecido como diferente pelos dois parceiros, cada um valoriza mais o produto do outro. Os comerciantes modernos costumam negociar com o uso de um meio de troca indireta, o dinheiro. É raro fazer-se troca direta hoje em dia, principalmente nos países industrializados. Como consequência, hoje podemos separar a compra da venda. A invenção do dinheiro (e subsequentemente do crédito, papel-moeda e dinheiro não-físico) contribuiu grandemente para a simplificação e promoção do desenvolvimento do comércio. A maioria dos economistas aceita a teoria de que o comércio beneficia ambos os parceiros, porque se um não fosse beneficiado ele não participaria da troca, e rejeitam a noção de que toda a troca tem implícita a exploração de uma das partes. O comércio, entre locais, existe principalmente porque há diferenças no custo de produção de um determinado produto comerciável em locais diferentes. Como tal, uma troca aos preços de mercado entre dois locais beneficia a ambos. Sinais empíricos do sucesso do comércio podem surgir quando se compara países como a Coreia do Sul - que adota um sistema de comércio livre quase sem restrições - e a Índia - que segue uma política mais protecionista. Países como a Coreia do Sul tiveram um desempenho muito melhor (se medido por critérios econômicos) do que países como a Índia, ao longo dos últimos cinquenta anos. O comércio mundial é regulamentado pela Organização Mundial de Comércio. O comércio pode estar relacionado à economia formal, legalmente estabelecido, com firma registrada, dentro da lei e pagando impostos, ou pode ainda estar relacionado à economia informal, que são as atividades à margem da formalidade, sem firma registrada, sem emitir notas fiscais, sem pagar imposto. Comércio e Turismo podem e devem caminhar juntos com políticas sinérgicas entre ambos sob pena de se não o fizerem criarem-se produtos e serviços distantes da necessidade dos visitantes(turistas).   copacabana_palace_8a     aeroporto   São-Cristóvão-4