O macaense Afrânio Antonio da Costa foi o primeiro brasileiro a ganhar uma medalha olímpica

Publicado por Marco Navega em 21 de junho de 2016
Aconteceu em 1920 na Antuérpia – Bélgica – VII Jogos Olímpicos. Medalha de Prata na Modalidade Tiro – Prova de pistola livre. O Brasil terminou em 15º lugar tendo conquistado mais duas medalhas, todas na modalidade tiro com os Senhores: Guilherme Paraense (Tenente do Exército) – prova de pistola rápida – medalha de ouro e Medalha de bronze por equipe na prova de pistola livre. Afrânio Antônio da Costa - Nascido em 14 de março de 1892, filho de Mario Antônio da Costa e de Maria Izabel Costa, bacharel em Direito pela Faculdade Livre das Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Colou grau em 28 de dezembro de 1912 e advogou intensamente no Fórum do Rio de Janeiro até julho de 1931, para onde foi nomeado juiz de direito da 8° Vara Criminal do Distrito Federal, após concurso. De sua documentação consta a Certidão especificada de 694 causas por ele patrocinadas nos 18 anos de advocacia. Em 07 de julho de 1937 foi transferido para 2° Vara Cível, em 14 de março de 1940 foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiça. Em 4 de junho de 1945, com o advento do regime eleitoral, instalou o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal e foi seu primeiro presidente por dois anos. Dirigiu e orientou o 1° alistamento eleitoral, após 1937, tendo atendido cerca de 750.000 eleitores. Sob sua presidência foram realizadas as eleições para Presidente da República e Congresso Nacional, em 3 de outubro de 1946 e para completar o Parlamento em janeiro de 1947. Não houve recursos para o Tribunal Superior durante sua gestão. Por decreto de 9 de junho de 1947, Diário Oficial de 10 de junho, foi nomeado Ministro do Tribunal Federal de Recursos, e a seguir, em 25 de junho de 1947, escolhido por seus pares 1° Presidente. Na inauguração estiveram presentes o Sr. Presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, todo seu Ministério bem como o Cardeal Jayme de Barros entre outras autoridades. Em 1° de julho de 1949 foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal, tendo permanecido até março de 1956. Foi Cavaleiro da milenar Ordem Soberana e Militar de Malta, tendo sido distinguido com as condecorações: Caxias, Rio Branco, Cinquentenário da República, Maria Quitéria e Marechal Hermes. Desportista emérito no Tiro ao Alvo no Brasil, além de destacado atleta, chefiou representações do Brasil no estrangeiro, notadamente nas Olimpíadas e Campeonatos Mundiais. Ganhador da 1° Medalha Olímpica para o Brasil na prova de pistola Livre, no dia 2 dea gosto de 1920 na Antuérpia, quando se classificou em 2° lugar. Na mesma prova, compôs com o Tenente Guilherme Paraense a equipe que conquistou medalha de bronze. Foi Vice presidente da União Internacional de Tiro(UIT), hoje International Shooting Sport Federation (ISSF) e membro do Comitê Olímpico Brasileiro. Em reconhecimento Público recebeu das mãos do Presidente da República, Epitácio Pessoa, em fevereiro de 1921, nos salões do Fluminense Football Clube, em sessão Solene promovida pela Liga da Defesa Nacional, com a presença de todo o Ministério e o Corpo Diplomático, uma placa de ouro com dizeres alusivos ao ato significado da vitória em nome da Liga de Defesa Nacional. Foi saudado na ocasião pelo próprio Presidente da República e por Henrique Coelho Neto, em nome da Liga de Defesa Nacional. Conquistou na Bélgica, Argentina, Chile, França e Suíça 159 medalhas de ouro, 39 de prata e 25 de bronze, outras de 19 tacas de prata e 24 de bronze além de objetos diversos de arte. Foi 19 vezes campeão Brasileiro de Tiro. Em 1934 chefiou a Seleção Brasileira de Futebol na 2° Copa do Mundo realizada na Itália. Em 1920, nos Jogos Olímpicos da Antuérpia, foi o Porta Bandeira do Brasil. Faleceu em 28 de julho de 1979 no Rio de Janeiro com 87 anos, tendo sido velado na sede do Fluminense Futebol Clube, do qual havia sido Presidente. Fonte: Jornal Folha de São Paulo.   Rio2016TM_logo