O CARNAVAL DO RIO ESTÁ AMEAÇADO, DIZ PRESIDENTE DA FBHA

Publicado por Marco Navega em 29 de janeiro de 2019
Os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro estão marcados para começar no dia 1º de março com as agremiações do grupo de acesso ocupando a Sapucaí. Porém, mesmo com pouco mais de um mês para o início da folia, o clima não é de festa. De acordo com o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, o Carnaval carioca está em risco. “Estamos preocupados porque a verba destinada para o Carnaval seria de R$ 1,5 milhão, mas a Uber, que iria arcar com parte, pulou fora do negócio, e a prefeitura, que falou que bancaria um terço desse valor, ainda não pagou. As escolas de samba estão minguando financeiramente, o sambódromo está caindo aos pedaços e o carnaval do Rio está ameaçado”, declarou Sampaio. Segundo o presidente da entidade hoteleira, caso não haja uma união entre frentes públicas e privadas em prol do carnaval, empréstimos não serão honrados após as celebrações e a cidade se enfraquecerá para os próximos anos. “Algumas escolas de samba devem improvisar com materiais mais baratos este ano e as escolas que contam com patrocinadores privados provavelmente farão melhores apresentações na avenida. Se a prefeitura não cumprir seu compromisso e liberar a subvenção, provavelmente teremos muitos empréstimos não honrados. Já a esperada profissionalização do carnaval com uma licitação híbrida, com a municipalidade da Liesa, será adiada mais uma vez”, explicou. OCUPAÇÃO E SOLUÇÃO
Ainda de acordo com Sampaio, a procura de turistas por hospedagens na capital fluminense está abaixo das expectativas, principalmente em comparação com a alta procura vista durante a última virada do ano. Segundo dados da Sindhotéis Rio, a ocupação média carioca já passou a casa dos 62%. “Até o momento, a semana do carnaval não está com uma taxa de ocupação forte. Caso os entraves com a Prefeitura persistam, teremos que caminhar para transformar o carnaval e o réveillon do Rio em espetáculos privados, sem patrocínios que possam ter recursos que não se sabe a origem. Há também a possibilidade de ter uma licitação, trazendo empresas sob a configuração da Lei Rouanet”, completou o presidente da FBHA. Ainda de acordo com informações do Sindhotéis, a região central do Rio de Janeiro está entre as mais procuradas para o Carnaval, com média de 71% de ocupação. Leme e Copacabana aparecem na sequência, com 70%, enquanto Flamengo e Botafogo têm 58%, Barra da Tijuca e Recreio têm 52% e Ipanema e Leblon contam com 51%. Fonte: Panrotas
[caption id="attachment_7549" align="alignnone" width="670"] Presidente Alexandre Sampaio - FBHA[/caption]